Papa João Paulo II terá Canonização High Tech




"A canonização já está disponível nos telefones", avisava ontem o endereço "santowojtyla" no Twitter, em referência a Karol Wojtyla, o papa João Paulo 2º, morto em 2005 e que será declarado santo no domingo com outro papa, João 23. A cerimônia será às 10h (5h em Brasília). Será possível pedir ajuda aos santos protetores por Twitter, Facebook, via smartphone ou tablet. E também acompanhar pela TV uma celebração em formato 3D para se sentir no evento.
Um canal no YouTube foi criado com vários vídeos sobre os processos que levaram o papa Francisco a declarar os dois papas santos.
Nove satélites e 33 câmeras serão usados para a transmissão do que já é considerado um dos maiores eventos da história da igreja em Roma.
Treze câmeras são em 3D e 15 em HD. "O mundo inteiro poderá se sentir dentro da praça São Pedro no domingo", informou o Vaticano.
Além da transmissão pela TV, 500 telões estarão espalhados em Roma e outros 20 países, entre eles o Brasil, inclusive em salas de cinema.
O evento será marcado por um aparato tecnológico sem precedentes no Vaticano.
Um aplicativo no iTunes chamado "Santo Subito" ("santo logo") foi criado para os fiéis rezarem, acompanharem o noticiário da cerimônia e entender os detalhes da canonização. A celebração será comandada pelo papa Francisco, que deve ter a companhia do papa emérito, Bento 16. O Vaticano promete uma cerimônia "sóbria", mas a invasão de fiéis deve transformar o encontro em um evento de grande proporção. "É nossa obrigação estarmos atualizados em tecnologia, porque isso faz parte do futuro", diz o porta-voz  Federico Lombardi.
Várias estimativas têm sido feitas sobre a presença de público em Roma para a celebração. A praça São Pedro deve abrigar ao menos 800 mil peregrinos, muitos deles poloneses, compatriotas e devotos de João Paulo 2º.
Em 2011, dois milhões foram à beatificação de João Paulo 2º, processo anterior à canonização. Segundo o Vaticano, aguarda-se para o domingo a presença de ao menos 35 delegações internacionais, com chefes de Estado, incluindo presidentes, reis e primeiros-ministros.